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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Tanto lês, que treslês

Caros Degoladores

O último jogo da Inglaterra na fase de qualificação para o Euro 2008 ficou marcado pelo insucesso dos locais e consequente eliminação da competição. O que provavelmente vocês não sabem é o motivo que levou a congénere croata a efectuar uma exibição tão descontraída e eficaz.
Pois bem, antes do início da partida, foram escutados os hinos de ambos os países (nada de anormal até aqui). Mas os ingleses, inventores do desporto em questão, queriam um instante sumptuoso e decidem convidar um dos seus mais famosos tenores Tony Henry para interpretar os respectivos hinos. (Parvoíce, pois optassem pelos instrumentais que podia ter corrido melhor). O Hino inglês saiu certinho, bem afinado, métrica e letra acertada. Já o croata, foi outra história pois o idioma croata tem uma dicção particularmente complicada embora se escreva com o alfabeto latino, portanto, convém ser cauteloso.
Tony Henry não foi na cautela e cometeu um erro de palmatória na última frase do hino(versão curta) pois em vez de cantar «Mila Kuda si planina» que significa «Tu sabes, minha querida, como nós amamos as nossas montanhas», cantou «Mila Kura si planina» que graciosamente traduzido quer dizer«Minha querida, o meu pénis é uma montanha». Pois é, com uma letrinha apenas se transforma a semântica da coisa e os croatas acharam tanta piada que até pediram a presença do tenor inglês em todos os jogos da selecção no Euro, para que seja sucesso garantido. É caso para se dizer cada terra com seu uso, cada porca seu parafuso e a porca dos bifes ficou bem moída... eh eh
Podem assistir ao vídeo aqui

Réu:
  • Tony Henry
Depositem o veredicto do rapaz nas vossa cacholas.

Saudações Guilhotinadoras

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Mas o maior Burro nunca se aperceberá que é Burro, mesmo sendo rei...

Caros Degoladores

Como a Guilhotina não prospera em postais, decidi apresentar as minha respostas à anterior chatice em forma de mensagem. Podem obviamente continuar a discussão aqui.
Estive também à espera do desfecho do tão badalado referendo do passado Domingo para partilhar convosco a minha opinião, e é precisamente pelo referendo que vou começar.
O tal referendo de 2 de Dezembro propunha uma alteração da Constituição, na qual Hugo Chávez poderia recandidatar-se à Presidência até morrer [ eu votaria NÃO, mas se pensarmos bem, no nosso país, dois mandatos dão direito a reforma e como se não bastasse, passado quatro anos há caras (bochechas, também serve) de pau que se tornam a candidatar, já com a reforma anterior a cair no bolso todos os meses... se calhar votaria SIM ]. Não me parece com isto que as eleições anteriores, tivessem sido falseadas, pois se tal acontecesse, certamente o sim neste referendo sairia vencedor e o Chávez teria que ser sempre candidato (poderia sê-lo até morrer) por um partido que ganhasse futuras eleições, para assim conseguir ser Presidente vitalício. Agora todos nós pensaremos duas vezes antes de falar dele e julgo que o próprio Chávez também pode aprender com isto. Saiu vencedora a democracia. Louvável!
Quanto à situação da cimeira, tudo começou com os supostos insultos ao "lacaio" Aznar. Sinceramente, julgo que todos conhecem o "lacaio" Aznar e a sua política de direita escrupulosamente anti-democrática. Lembrem-se que o seu envolvimento na tentativa de golpe de estado na Venezuela em 2002 foi reconhecido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha em televisão. Lembrem-se da mentira que tentou incutir(envolvimento da ETA) aos espanhóis sobre o 11 de Março em véspera de eleições. Chávez tem certamente legitimidade para detestar o "lacaio" Aznar, mas podia-nos privar desses pensamentos, pois já sabemos que os tem mas também sabemos que como populista, Chávez gosta de ser um excelente entertainer televisivo...
Ora, Zapatero fez aquilo que qualquer homem sensato deveria fazer e fê-lo muito bem ( saúdo a seu discurso). Quanto a Chávez, não sei o que disse, mas não deveria ter interrompido e esperar pela sua vez, pois certamente a Presidente do Chile lhe iria dar oportunidade para se justificar. Mal esteve a senhora Michelle Bachelet (suposta moderadora) que só interveio quando o rei de Espanha proferiu a frase inesquecível...
Ora o monarca, era de todos os presentes, o que menos tinha moral para julgar ou acusar o que quer que fosse e foi tão mal criado quanto o Chávez. Pior, o Presidente da Nicarágua resolveu dizer a Zapatero: ( o que o Chávez gostava certamente de dizer, em tempo devido claro )“Se nós temos que vos respeitar, vocês têm que se dar ao respeito”, então o monarca levanta-se e abandona a sala, Zapatero ficou, engoliu em seco e revelou falta de estômago para responder(sensato mais uma vez). ..
Ora, eu não gosto do Chávez, pois não aprecio o populismo (só no ATM claro), mas também não posso gostar de um monarca que demonstra um arrogante paternalismo e se considera, como rei de Espanha, rei de toda a América Latina( cujo espanhol é a língua oficial) e se julga no direito de mandar calar, censurar ou dar lições de moral aos chefes (democraticamente eleitos) de estados, sobre os quais se acha chefe colonial... ( redundâncias sobre Burros).

No que diz respeito à exploração dos recursos por parte de empresas estrangeiras, tal poderia eventualmente trazer riqueza, mas teria que ser evidentemente controlada. Certo é que tanto a Venezuela, como a Bolívia e os outros países, não têm todas as condições necessárias para refinar, dinamizar e produzir alguns dos seus recursos e certamente uma ajudinha de empresas estrangeiras poderá dar jeito. Aliás Chávez estará disposto a reduzir a dependência que a OPEP tem do mercado americano, exportando petróleo para a China e também para Portugal!, por exemplo ( toma Burro que já almoçaste).
Na questão da nacionalização dos recursos naturais considero que a sua conveniente racionalização será o grande dinamizador da prosperidade e independência económica da América Latina, para que finalmente, alguns Burros percebam que ali já não há colónias...

Saudações Guilhotinadoras

P. S. - Tendo em conta a eventual chegada da Galp à Venezuela para a exploração e refinação do petróleo, falarei sobre esses sanguessugas monetários num postal seguinte.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas!



Que ilações se podem retirar disto?

Seria Hugo Chávez mal educado?

Terá Juan Carlos um paternalismo colonial?

E Zapatero foi sensato no seu apelo?

Qual o papel da anfitriã, Presidente do Chile no encerramento da cimeira? Não era suposto ser moderadora?

Já agora, sabiam que o homem que mais aparece nas moedas de euro que circulam em Portugal abandonou a sala quando o Presidente da Nicarágua criticou a política externa do governo espanhol?

Será o nacionalismo dos recursos naturais um ponto de partida para a independência económica da América Latina?

Será que exploração dos recursos naturais de um país, por parte de empresas estrangeiras poderá trazer riqueza e respectivo crescimento económico a um país?

Aqui ficam, no regresso ao activo da Guilhotina algumas questões que considero pertinentes para podermos debater. Fico à espera das vossa cacholas. Venha a discussão.

Saudações

segunda-feira, 9 de julho de 2007

O Paradoxo do LIVE EARTH

Sábado, dia 7 de Julho de 2007, decorreu o Live Earth, um mega-evento a nível internacional, organizado por Al Gore, cujo objectivo primordial foi o de consciencializar a população para o aquecimento global.

Como fazê-lo??? Reunir uma elevada série de músicos conhecidos a nível internacional e pô-los a fazer concertos em palcos montados em diferentes locais, com transmissão televisiva para todo o mundo.

Muitas das estrelas que pisaram os palcos fizeram-se transportar em jactos privados, um dos mais poluentes meios de transporte. Uma boa forma de fazer jus à causa que foram representar…

Segundo foi documentado pelo jornal britânico Guardian, o Live Earth produziu três mil vezes mais dióxido de carbono que a quota média de um cidadão britânico… poucochinho, para um evento que defende a causa ambiental, acrescentando o facto de o dióxido de carbono contribuir em cerca de 60% para o aquecimento global…

Madonna, uma das estrelas convidadas, que até compôs uma música especial para este dia, é, anualmente, responsável por uma quota de emissão de dióxido de carbono cem vezes superior à mesma média de um cidadão do Reino Unido. O News of the World descreve que as nove casas, frota de carros e jacto privado de Madonna são "uma catástrofe ecológica". O Sunday Telegraph refere as ligações da estrela pop a empresas com currículo negro no que toca a poluição.

O que contribuiu o bendito Live Earth para evitar o contínuo e perigoso aumento do aquecimento global e suas consequências e proteger assim o meio ambiente?
Para já, atacou foi mais um bocadinho, pouco mais, para o que o ambiente tem vindo já a sofrer. Parece que se tivessem ficado mas era quietinhos, não contribuíam com mais uma série de gases que já são libertados para a atmosfera diariamente…

Enfim!!! Uma causa justa para cínicos e hipócritas…

Saudações

Caros Degoladores

Como têm reparado, a Guilhotina esmoreceu neste último mês, força de elevados compromissos profissionais de quem a orienta. Apesar do formato original que o blog apresenta, o figurino actual dos posts tem limitado as ideias dos nosso contribuidores. Assim proponho, a partir de agora, um rejuvenescimento da Guilhotina, abandonando a obrigatória exposição de réus.
Peço a todos os meus cúmplices uma maior frequência de ideias e reflexões, não só de questões que chateiam, mas também de questões louváveis, para que possamos guilhotinar e absolver.

Saudações

sexta-feira, 1 de junho de 2007

30 de Maio, dia de Greve Geral

O sentido da greve tem sido pervertido, não pelos sindicatos, mas sim pelo governo e serviços mínimos, pelos trabalhadores com as cabeças lavadas por toda a propaganda anti-greve, pelos patrões que ameaçam trabalhadores e o seu respectivo direito à greve.

Todas as pessoas bem colocadas no sistema e na sociedade acham a greve desnecessária, a isto chama-se consciência de classe, ou seja não vêem motivos para a paralisação, visto que isso só as vai prejudicar financeiramente.

Os fura greves são de dois tipos: o primeiro, que concorda com os motivos da greve, mas não adere porque precisa do salário desse dia de trabalho, porque tem uma certa responsabilidade, ou por medo de represálias. Mas o segundo tipo é que é o problema. São aqueles que são explorados como todos os outros, a quem são propostos sucessivos contratos precários, sem nenhuma progressão na carreira, e depois criticam toda a unidade dos trabalhadores. Não estão conscientes do que representa o direito à greve (art. 57 da CRP), não sabem nem querem saber do que é a flexisegurança, que nada mais é do que flexibilidade de despedimentos, e segurança para os patrões que despedem.

Depois existe ainda um outro grande inimigo da greve que é o governo. Apressam-se a apresentar os resultados sectoriais negativos para tentarem mostrar que houve baixa adesão à greve, e tentam ainda provar que a greve é boa para o governo, com matemática da tanga. Diziam ontem no noticiário ao almoço que a função pública engole 50 mil euros por dia só em salários. Pela lógica da treta, se faltarem metade dos trabalhadores poupam-se 25 mil euros, mas esquecem-se de acrescentar que a maioria dos grevistas são os trabalhadores pior remunerados, e que a grande maioria dos bem assalariados (cargos de gestão e chefia) furam a greve, precisamente por consciência de classe.

Este, tal como muitos governos, tenta justificar a exigência de serviços mínimos com a saúde dos seus concidadãos, mas se estão tão preocupados com a saúde dos portugueses, porque fecham maternidades, centros de saúde, e Serviços de Atendimento Permanente (SAP)?

Condeno a empalação o actual código do trabalho e seus construtores, e à guilhotina a flexisegurança e os seus apoiantes.

Viva a unidade dos trabalhadores e o direito à greve!

Saudações

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Ministro das Borradas Públicas

Iniciada em 1961 e concluída (nada mais, nada menos 30 anos de estudos e trabalhos depois) em 1991, a A1 constitui a mais longa auto-estrada portuguesa, com cerca de 301 km.
Faz parte da Estrada Europeia E1 e é identificada no Plano Rodoviário Nacional 2000, como parte integrante do Itinerário Principal n.º1 (IP1).
Até aqui tudo muito bonito!!

Hoje em dia não consigo circular na A1 sem apanhar uma valente carrada de nervos. Basta estar parado no meio daquele trânsito e pensar - seria do senso comum que esta Auto-estrada fosse automaticamente a mais congestionada do país e que passados escassos anos, mais congestionada se tornasse!!
No site da Brisa está publicado o seguinte:

"Existe obrigatoriedade de alargamentos quando o tráfego médio diário atinge os seguintes níveis:

35 mil veículos – implica o alargamento para 2x3 vias
60 mil veículos – implica o alargamento para 2x4 vias

Estas intervenções trazem benefícios para os clientes, para as regiões e para o país. De facto, a maior fluidez de tráfego garante uma maior comodidade, associada a um ganho de tempo e mais segurança. Investir a pensar no cliente"
E perguntamos nós, o que se fez em relação a isto? Fácil, com 30 anos de estudos fez-se NADA! Mas que bela palhaçada!! Então quer dizer sabendo que, mais tarde ou mais cedo teriam que alargar para 3 faixas no mínimo conseguiram completar 301 Km de auto-estrada com, sei lá, largas dezenas de pontes rodoviárias que a atravessam, preparadas apenas para 2 faixas de rodagem em cada sentido. Mais que um erro crasso, isto deveria ser considerado crime!!!
Agora toca a deitar as pontes todas abaixo, para 3 ou 4 metros ao lado fazer uma novinha em folha, e lá temos nós que gramar com filas intermináveis, velocidades máximas ridículas e no fim pagar a continha na mesma!!

Se eu pudesse viajar no tempo, voltaria até 1961 e daria lá aos engenheiros e ministros da altura a seguinte sugestão: "epá se calhar fazemos já as pontes preparadas para 3 faixas, que pouco mais nos custa, e poupamos muitos milhões lá para a frente". Se isto acontecesse teria já sido condecorado pelo menos 3 vezes pelo Sr. Sampaio e estaria a receber uma pensão vitalícia de alguns 10000 euros, graças a esta brilhante mas básica ideia!
Saudações
RÉUS:
  • Ministro das Obras Públicas (da altura)
  • Engenheiros responsáveis pelo traçado e execução das obras

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Preocupante!

O caso Sócrates/Independente é já o principal candidato a piada do ano. De engenheiro que queria ser primeiro ministro passámos a ter um primeiro ministro que quer ser engenheiro. Muito se falou, muito se reinou. Legítimo.
No passado mês de Abril o director de serviços dos Recursos Humanos da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) admite ter proferido um comentário "jocoso" sobre a licenciatura do primeiro-ministro, durante o horário de expediente; qualquer coisa do género "Se precisares de um doutoramento tens que enviar por fax". Legítimo.
A consequência desta irrelevante brincadeira foi a sua suspensão de funções porque a directora regional, Margarida Moreira, apelidou o comentário à licenciatura do primeiro-ministro de "insultuoso". Ilegítimo.
Não sei se estão recordados mas, no inicio do mês, o ministro Mário Lino brincou com a situação da licenciatura do primeiro-ministro, invocando a sua "condição de engenheiro civil, inscrito na Ordem dos Engenheiros", para defender a Ota. Será que a militância do docente teve peso na suspensão?! Será uma excelente oportunidade para mais um job for the boy?! Qual o significado da Liberdade de Expressão neste país?! Qual o rumo que leva este país?! Estaremos no despontar do novo tiraninho?! (Reparem na imagem e digam lá se o saloio não vos faz lembrar alguém...?!)
Arriscando-me a ser um réu do novo estado novo, deixo-vos com os nomeados.

Saudações

RÉUS:
  • A Censura;
  • A Directora-geral da DREN;
  • Os dedos das mãos da já esquartejada de lurdes rodrigues;
  • O saloio de São Bento; (embora já decapitado, o sacana teima em regenerar-se)

sábado, 19 de maio de 2007

Culturas...




"Et ce que nous sommes devenus aujourd'hui, nous le devon à nos profeseurs"
Ministére de l'education Nationale, Supérieur et Recherche





"
Gracias profesorado, sin
vosotros no seria posible"
Consejeria de Educácion, Junta de Andalucia








"Perdi os professores, mas ganhei a população"

Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação








Depois da deliberada, vai uma gargalhada ou uma guilhotinada?

RÉU - Maria de Lurdes

terça-feira, 15 de maio de 2007

A Fome no Terceiro Mundo

























As imagens valem mesmo muito mais do que mil palavras...

RÉUS:
  • Imperialismo
  • Líderes “político-bancários” do hemisfério norte.

sábado, 12 de maio de 2007

Que foi isto?!


Apesar da delicadeza deste assunto, não resisti partilhá-lo. Cresci com o festival RTP da canção e consequente festival da Eurovisão, confesso que durante a minha infância era um dos climaxes televisivos do ano. No entanto apesar da qualidade duvidosa de alguns vencedores, a selecção dos mesmos era rigorosamente decidida por um júri com conhecimento musical. Se bem que por vezes a representação portuguesa na montra europeia fosse fraca, ao menos tinha-se a consolação de que foi entre nós a menos má. Este ano, tive a infelicidade de ouvir a canção que iria defender a nossa música no nosso continente e desde logo uma profunda desolação e consternação me deturpou a lucidez. Primeiro, acho que o regresso do festival RTP da canção é extremamente benéfico para a incentivação, descoberta e posterior divulgação dos novos compositores portugueses. A música é um dom para quem a pratica e é algo que não está acessível a qualquer cidadão, pois a aprendizagem ou a formação nem sempre resultam. Porém os novos moldes de decisão e votação em que o festival se sustenta não são nada benéficos para a hedoneidade do mesmo, pois ser o público através de SMS a decretar o vencedor é patético. Tudo bem, isto faz parte da nova política televisiva, que se baseia numa maior interacção com os telespectadores para assim cativar e ganhar audiências, mas quais são os critérios?! Não existem, pois o público que vota neste evento também costuma decidir os vencedores dos Reality Shows que inundam o pequeno ecrã nacional. Isto numa estação do estado que presta serviço público é grave! Senhor Nuno Santos, reforço o meu apoio na continuação do festival, mas sejamos sérios, seleccionem um júri capaz e competente senão tornar-se-á inútil a nossa participação na Eurovisão.
Tive a oportunidade de ler a reportagem de Cristiano Pereira no JN e ele refere o seguinte: «...chegou aquela que seria a vencedora do festival Sabrina. Patriota quanto baste, a rapariga avisou logo que gostava muito de bacalhau e de cozido à portuguesa. No bloco de apontamentos do JN ficou escrito: "A canção não é grande espingarda mas aquela bailarina loira de vestido vermelho afigura-se motivo suficiente para receber o voto. Já ganhou". A julgar pelo desfecho da noite, o telespectador terá pensado o mesmo.» e ainda acrescenta «"Dá-me a lua", da TribUrbana, foi, provavelmente, a proposta mais ousada de toda a cerimónia: um dueto em misto de hip-hop e fado com resultado bastante interessante. Não ganhou? É pena. Para a próxima tragam uma bailarina loira num vestido vermelho.»
A canção deste ano foi simplesmente ridícula e não se pode vulgarizar a música. Afinal qual é o nível cultural deste país? Qual a importância da televisão no mesmo? Vejam quinze segundos disto e comentem.

Saudações

RÉUS :
  • Sabrina (sem Salerno)
  • Emanuel
  • Nuno Santos

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Todo o burro come palha, é preciso é saber dar-lha


Pela Boca Morre o Peixe é o título do livro de João Pombeiro que apresenta uma recolha interessante de frases daquelas figuras públicas para quem é mais fácil prometer que dar.
Pelo que já tive oportunidade de ler, foi estranho concluir que uns comem os figos, a outros rebentam-lhe os lábios, sempre com a lúcida percepção de que guardado está o bocado para quem o há-de comer; e como por vezes o bom julgador por si se julga será caso para dizer segundo lá escolhestes, assim cá vos contentai. Procurando ser lacónico, sem mais demoras ou ditados populares vos deixo então com duas das minhas preferidas:


«Engenheiro José Sócrates, vamos vê-lo, um dia primeiro-ministro?»
«Não! Primeiro, porque não tenho o talento e as qualidades necessárias que um primeiro-ministro deve ter. Segundo, porque ser primeiro-ministro é ter uma vida na dependência mais absoluta de tudo, sem ter tempo para mais nada. É uma vida horrível que eu não desejo. Ministro é o meu limite.»
JOSÉ SÓCRATES, ministro do Ambiente e Ordenamento do Território, DNA, 16 de Setembro de 2000


«Tem esperanças de um dia passar a ser o número um [do PSD]
«Não! Nem pensar! Essa perspectiva está completamente fora do meu horizonte.»
«Por que o diz de forma tão determinada?»
«Porque não tenho qualquer tipo de dúvidas. Tenho noção das minhas qualidades e das minhas limitações.»
MARQUES MENDES, então líder parlamentar do PSD. VIP, 20 de Janeiro de 1999



Humm... Quanta convicção!! Lembrem-se as figuras públicas para quem é mais fácil prometer que dar que mais vale cair em graça do que ser engraçado e atenção caros leitores pois como canta o galo velho, assim cantará o novo.

Artigo também publicado no blogue Bar a Fábrica

RÉUS:
  • Actual primeiro ministro
  • Actual número um [do psd]

Bem-vindos

Inicia-se, seis meses depois, um novo espaço onde haverá oportunidade para promover divulgação, discussão e interpretação de questões sociais, culturais e naturais. A blogosfera é um vício e incentiva-nos a opinar, a sugerir e a partilhar os nossos gostos, as nossas preferências, as nossas preocupações e as nossas insatisfações, acabando por se tornar numa experiência bastante enriquecedora. Assim conto com a participação dos meus cúmplices de outros espaços para desenferrujar a guilhotina social. Veremos se cabeças rolarão...

Saudações