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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Ministro das Borradas Públicas

Iniciada em 1961 e concluída (nada mais, nada menos 30 anos de estudos e trabalhos depois) em 1991, a A1 constitui a mais longa auto-estrada portuguesa, com cerca de 301 km.
Faz parte da Estrada Europeia E1 e é identificada no Plano Rodoviário Nacional 2000, como parte integrante do Itinerário Principal n.º1 (IP1).
Até aqui tudo muito bonito!!

Hoje em dia não consigo circular na A1 sem apanhar uma valente carrada de nervos. Basta estar parado no meio daquele trânsito e pensar - seria do senso comum que esta Auto-estrada fosse automaticamente a mais congestionada do país e que passados escassos anos, mais congestionada se tornasse!!
No site da Brisa está publicado o seguinte:

"Existe obrigatoriedade de alargamentos quando o tráfego médio diário atinge os seguintes níveis:

35 mil veículos – implica o alargamento para 2x3 vias
60 mil veículos – implica o alargamento para 2x4 vias

Estas intervenções trazem benefícios para os clientes, para as regiões e para o país. De facto, a maior fluidez de tráfego garante uma maior comodidade, associada a um ganho de tempo e mais segurança. Investir a pensar no cliente"
E perguntamos nós, o que se fez em relação a isto? Fácil, com 30 anos de estudos fez-se NADA! Mas que bela palhaçada!! Então quer dizer sabendo que, mais tarde ou mais cedo teriam que alargar para 3 faixas no mínimo conseguiram completar 301 Km de auto-estrada com, sei lá, largas dezenas de pontes rodoviárias que a atravessam, preparadas apenas para 2 faixas de rodagem em cada sentido. Mais que um erro crasso, isto deveria ser considerado crime!!!
Agora toca a deitar as pontes todas abaixo, para 3 ou 4 metros ao lado fazer uma novinha em folha, e lá temos nós que gramar com filas intermináveis, velocidades máximas ridículas e no fim pagar a continha na mesma!!

Se eu pudesse viajar no tempo, voltaria até 1961 e daria lá aos engenheiros e ministros da altura a seguinte sugestão: "epá se calhar fazemos já as pontes preparadas para 3 faixas, que pouco mais nos custa, e poupamos muitos milhões lá para a frente". Se isto acontecesse teria já sido condecorado pelo menos 3 vezes pelo Sr. Sampaio e estaria a receber uma pensão vitalícia de alguns 10000 euros, graças a esta brilhante mas básica ideia!
Saudações
RÉUS:
  • Ministro das Obras Públicas (da altura)
  • Engenheiros responsáveis pelo traçado e execução das obras

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Preocupante!

O caso Sócrates/Independente é já o principal candidato a piada do ano. De engenheiro que queria ser primeiro ministro passámos a ter um primeiro ministro que quer ser engenheiro. Muito se falou, muito se reinou. Legítimo.
No passado mês de Abril o director de serviços dos Recursos Humanos da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) admite ter proferido um comentário "jocoso" sobre a licenciatura do primeiro-ministro, durante o horário de expediente; qualquer coisa do género "Se precisares de um doutoramento tens que enviar por fax". Legítimo.
A consequência desta irrelevante brincadeira foi a sua suspensão de funções porque a directora regional, Margarida Moreira, apelidou o comentário à licenciatura do primeiro-ministro de "insultuoso". Ilegítimo.
Não sei se estão recordados mas, no inicio do mês, o ministro Mário Lino brincou com a situação da licenciatura do primeiro-ministro, invocando a sua "condição de engenheiro civil, inscrito na Ordem dos Engenheiros", para defender a Ota. Será que a militância do docente teve peso na suspensão?! Será uma excelente oportunidade para mais um job for the boy?! Qual o significado da Liberdade de Expressão neste país?! Qual o rumo que leva este país?! Estaremos no despontar do novo tiraninho?! (Reparem na imagem e digam lá se o saloio não vos faz lembrar alguém...?!)
Arriscando-me a ser um réu do novo estado novo, deixo-vos com os nomeados.

Saudações

RÉUS:
  • A Censura;
  • A Directora-geral da DREN;
  • Os dedos das mãos da já esquartejada de lurdes rodrigues;
  • O saloio de São Bento; (embora já decapitado, o sacana teima em regenerar-se)

sábado, 19 de maio de 2007

Culturas...




"Et ce que nous sommes devenus aujourd'hui, nous le devon à nos profeseurs"
Ministére de l'education Nationale, Supérieur et Recherche





"
Gracias profesorado, sin
vosotros no seria posible"
Consejeria de Educácion, Junta de Andalucia








"Perdi os professores, mas ganhei a população"

Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação








Depois da deliberada, vai uma gargalhada ou uma guilhotinada?

RÉU - Maria de Lurdes

terça-feira, 15 de maio de 2007

A Fome no Terceiro Mundo

























As imagens valem mesmo muito mais do que mil palavras...

RÉUS:
  • Imperialismo
  • Líderes “político-bancários” do hemisfério norte.

sábado, 12 de maio de 2007

Que foi isto?!


Apesar da delicadeza deste assunto, não resisti partilhá-lo. Cresci com o festival RTP da canção e consequente festival da Eurovisão, confesso que durante a minha infância era um dos climaxes televisivos do ano. No entanto apesar da qualidade duvidosa de alguns vencedores, a selecção dos mesmos era rigorosamente decidida por um júri com conhecimento musical. Se bem que por vezes a representação portuguesa na montra europeia fosse fraca, ao menos tinha-se a consolação de que foi entre nós a menos má. Este ano, tive a infelicidade de ouvir a canção que iria defender a nossa música no nosso continente e desde logo uma profunda desolação e consternação me deturpou a lucidez. Primeiro, acho que o regresso do festival RTP da canção é extremamente benéfico para a incentivação, descoberta e posterior divulgação dos novos compositores portugueses. A música é um dom para quem a pratica e é algo que não está acessível a qualquer cidadão, pois a aprendizagem ou a formação nem sempre resultam. Porém os novos moldes de decisão e votação em que o festival se sustenta não são nada benéficos para a hedoneidade do mesmo, pois ser o público através de SMS a decretar o vencedor é patético. Tudo bem, isto faz parte da nova política televisiva, que se baseia numa maior interacção com os telespectadores para assim cativar e ganhar audiências, mas quais são os critérios?! Não existem, pois o público que vota neste evento também costuma decidir os vencedores dos Reality Shows que inundam o pequeno ecrã nacional. Isto numa estação do estado que presta serviço público é grave! Senhor Nuno Santos, reforço o meu apoio na continuação do festival, mas sejamos sérios, seleccionem um júri capaz e competente senão tornar-se-á inútil a nossa participação na Eurovisão.
Tive a oportunidade de ler a reportagem de Cristiano Pereira no JN e ele refere o seguinte: «...chegou aquela que seria a vencedora do festival Sabrina. Patriota quanto baste, a rapariga avisou logo que gostava muito de bacalhau e de cozido à portuguesa. No bloco de apontamentos do JN ficou escrito: "A canção não é grande espingarda mas aquela bailarina loira de vestido vermelho afigura-se motivo suficiente para receber o voto. Já ganhou". A julgar pelo desfecho da noite, o telespectador terá pensado o mesmo.» e ainda acrescenta «"Dá-me a lua", da TribUrbana, foi, provavelmente, a proposta mais ousada de toda a cerimónia: um dueto em misto de hip-hop e fado com resultado bastante interessante. Não ganhou? É pena. Para a próxima tragam uma bailarina loira num vestido vermelho.»
A canção deste ano foi simplesmente ridícula e não se pode vulgarizar a música. Afinal qual é o nível cultural deste país? Qual a importância da televisão no mesmo? Vejam quinze segundos disto e comentem.

Saudações

RÉUS :
  • Sabrina (sem Salerno)
  • Emanuel
  • Nuno Santos

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Todo o burro come palha, é preciso é saber dar-lha


Pela Boca Morre o Peixe é o título do livro de João Pombeiro que apresenta uma recolha interessante de frases daquelas figuras públicas para quem é mais fácil prometer que dar.
Pelo que já tive oportunidade de ler, foi estranho concluir que uns comem os figos, a outros rebentam-lhe os lábios, sempre com a lúcida percepção de que guardado está o bocado para quem o há-de comer; e como por vezes o bom julgador por si se julga será caso para dizer segundo lá escolhestes, assim cá vos contentai. Procurando ser lacónico, sem mais demoras ou ditados populares vos deixo então com duas das minhas preferidas:


«Engenheiro José Sócrates, vamos vê-lo, um dia primeiro-ministro?»
«Não! Primeiro, porque não tenho o talento e as qualidades necessárias que um primeiro-ministro deve ter. Segundo, porque ser primeiro-ministro é ter uma vida na dependência mais absoluta de tudo, sem ter tempo para mais nada. É uma vida horrível que eu não desejo. Ministro é o meu limite.»
JOSÉ SÓCRATES, ministro do Ambiente e Ordenamento do Território, DNA, 16 de Setembro de 2000


«Tem esperanças de um dia passar a ser o número um [do PSD]
«Não! Nem pensar! Essa perspectiva está completamente fora do meu horizonte.»
«Por que o diz de forma tão determinada?»
«Porque não tenho qualquer tipo de dúvidas. Tenho noção das minhas qualidades e das minhas limitações.»
MARQUES MENDES, então líder parlamentar do PSD. VIP, 20 de Janeiro de 1999



Humm... Quanta convicção!! Lembrem-se as figuras públicas para quem é mais fácil prometer que dar que mais vale cair em graça do que ser engraçado e atenção caros leitores pois como canta o galo velho, assim cantará o novo.

Artigo também publicado no blogue Bar a Fábrica

RÉUS:
  • Actual primeiro ministro
  • Actual número um [do psd]

Bem-vindos

Inicia-se, seis meses depois, um novo espaço onde haverá oportunidade para promover divulgação, discussão e interpretação de questões sociais, culturais e naturais. A blogosfera é um vício e incentiva-nos a opinar, a sugerir e a partilhar os nossos gostos, as nossas preferências, as nossas preocupações e as nossas insatisfações, acabando por se tornar numa experiência bastante enriquecedora. Assim conto com a participação dos meus cúmplices de outros espaços para desenferrujar a guilhotina social. Veremos se cabeças rolarão...

Saudações