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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Trabalhar Até Morrer

Quem começar a descontar agora trabalha até aos 68. Os trabalhadores que se encontram actualmente a meio da sua carreira e que tencionam reformar-se em torno de 2030 vão ter de descontar mais um a dois anos para anular o efeito do factor de sustentabilidade. Este factor reduz o valor das reformas em função do aumento da esperança média de vida (EMV) aos 65 anos. Para compensar este corte, os trabalhadores têm duas alternativas: ou trabalham mais tempo ou fazem descontos adicionais para fundos de pensões (públicos ou privados). A primeira opção deverá ser a mais frequente. [...]
Finalmente, para os trabalhadores que entrem este ano no mercado de trabalho, a idade de reforma deverá rondar os 68 caso cheguem a 2048 com 35 a 39 anos de carreira. Porém, se tiverem uma carreira completa de 40 anos - o que implica nunca passar por situações de desemprego ou de emprego informal -, só terão de trabalhar até aos 67 anos.

Notícia retirada do DN Online (Ver notícia integral).

Porreiro, pá. Porreiro. Como a esperança média de vida aumenta graças ao nosso fantástico sistema de saúde, qual é o problema de se trabalhar até aos 68 anos de idade??? Mais valia que tivéssemos um sistema de saúde que obrigasse as crianças a nascer em ambulâncias ou em Espanha... Mais valia que tivéssemos mais utentes a levantarem-se ainda mais cedo para estarem à porta dos centros de saúde na fila... Mais valia que os utentes fossem assistidos numa ambulância no parque de estacionamento de um hospital ou centro de saúde, com a plateia de médicos e enfermeiros a assistir da janela... Mais valia que tivéssemos de percorrer imensos kms para chegarmos a um serviço de urgência... Assim não teríamos certamente de passar a vida a trabalhar, morríamos antes...

Saudações

sábado, 5 de janeiro de 2008

Assim, Nós longe de cá

Muito se fala do que não se faz e muito se critica o que se faz, mas normalmente são apenas umas bocas, sem qualquer tipo de fundamento. Vou então tentar contrariar este facto e ainda fugir à “clubite”.

Recentemente foi realizado o 5.º Festival da Canção Cidade de Pinhel, com o objectivo de dinamizar e estimular os músicos do concelho. Sendo eu amigo de uma, aliás, da única banda presente, não pude deixar de reparar numa série de pormenores, que começam logo na inscrição para o festival. Depois de seleccionadas as músicas, a organização do festival espera que todos os participantes cedam os direitos de autor do(s) tema(s) a ser interpretados ao vivo, o que segundo a Sociedade Portuguesa de Autores é altamente ilegal.

Mas os problemas continuam, assim que entrei no novo pavilhão municipal deparo-me com o palco mais chegado ao lado direito, o que como devem calcular, prejudica e muito a acústica, tanto para participantes, como para espectadores.

O Festival da Canção de Pinhel decorre só com participantes de outras distantes localidades, à excepção dos Sex Ianuae, todos com canções que podiam bem ser do Emanuel, ou da Rute qualquer coisa, mais uma vez excepcionando os meus Sex Ianuae, que tinham música própria, composta por eles, tendo sido uma delas mesmo composta para o festival, e dedicada a Pinhel ("Nós por cá").

Eis que chega o momento da verdade e o júri entrega aos meus amigos o prémio de melhor música ("Nós por cá"), melhor canção do concelho ("Nós por cá") e segundo lugar ("Nós por cá"), não tendo sido atribuído nenhum prémio à “Boatos Sapatos”, sem ser o de participação, mas gostos não se discutem, e seguramente o júri terá achado mais piada à Vânia, que tinha na verdade uma bela voz, mas um péssimo poema (premiado no entanto com o prémio de melhor letra/poema pelo júri), e uma música inqualificável.

Ainda ganharam muitos prémios, e segundo as minhas contas o prémio monetário é de 400€ (segundo lugar), 50€ por cada música (de participação) e ainda 250€ (pela melhor (única) música do concelho), o que perfaz a bela maquia de 750€, o que seria um grande estímulo à jovem banda de Pinhel. Mas destes prémios todos, apenas têm a receber 260€ do 2.º lugar, devido à retenção na fonte de 35% do prémio, o que não vinha no regulamento (que já não está na página da câmara). Além disso, não sei bem porquê não receberam o prémio de participação, e não sendo os prémios acumuláveis (segundo o regulamento), não receberam os 250€ de melhor música do concelho.

Fica ainda a boca pelo facto de a música vencedora ter mais de 4minutos, violando assim o regulamento. Portanto respeitam o regulamento, mas só para o que lhes interessa (€€€€€€€€€€€€€€€).

Belo estímulo às bandas e músicos do concelho…

Façam rolar cabeças...